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O fenômeno school shootings

Férias escolares … que delícia! Esse é um dos momentos mais esperados pelos alunos do mundo inteiro e não seria diferente na escola Robb Elementary, que fica na cidade de Uvalde, no Texas.

As tão sonhadas férias, estavam a dois dias de serem concretizadas. Porém, o prazer desta contagem regressiva foi brutalmente quebrado quando um adolescente de 18 anos, portando duas armas, invadiu a escola e aterrorizou a todos, deixando um rastro de morte, dor e horror.


Ainda não se sabe qual foi a motivação para a realização de tal barbárie. Mas, independente do motivo torpe, um questionamento gigantesco sempre vem à tona num momento desses: o acesso a armas de fogo, deveria ser tão fácil? Será que a lei que dá acesso a esse tipo de arma, não deveria ser mudada? E quanto às escolas e governos, não tem um plano de prevenção a ataques?


Em meio às notícias da tragédia, que até então relatam a morte de 21 pessoas, usuários resgataram um tweet do Governador Greg Abbott, feito em 2015 que se dizia envergonhado por ser o Texas o segundo estado que compra mais armas nos Estados Unidos. Pasmem, ele estava chateado por estar em segundo lugar na venda de armas! Esses mesmos usuários utilizaram o twitter para fazer várias críticas à então “preocupação” do governador. Enquanto isso, o presidente Biden, entorpecido por mais uma tragédia, pedia que os americanos enfrentassem o lobby das armas e pressionassem o congresso a aprovar leis sensatas sobre o tema.

"Quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas? Quando, em nome de Deus, vamos fazer o que todos nós sabemos que precisa ser feito? Estou cansado disso. Temos que agir. E não me digam que não podemos ter um impacto nessa carnificina."

Ao verificarmos o perfil desses atiradores, notamos que em sua grande maioria, são brancos, do sexo masculino e muitas vezes, menores de idade.

Normalmente esses agressores, são jovens introspectivos, muitas vezes depressivos, não tem muitos amigos, são obcecados por armas ou mídias violentas, e sentem prazer ao assistir postagens de cunho violento. Outro detalhe importante é que na maioria das vezes, esses jovens, em algum momento de suas vidas, foram vítimas de bullying. Além disso, quase sempre mantiveram uma distância dos seus pais ou cuidadores, o que acaba favorecendo a estruturação de crenças que envolvem a raiva, o desejo de vingança e principalmente a vontade de se tornarem mártires e entrarem para a história.

Analisando a fundo, não sabemos ao certo o que leva uma pessoa, que muitas vezes sofreu algum tipo de abuso, a trazer o sofrimento a outras crianças e famílias. O que notamos é que esse tipo de acontecimento traz mensagens claras que a sociedade deve debater:

  • Primeiro, o uso indevido de armas. Será que as pessoas estão realmente preparadas para utilizá-las? Será que a flexibilização não traz mais insegurança do que segurança?

  • Segundo, como está a saúde mental dos nossos jovens e quais são os métodos que estão sendo aplicados nas escolas, cidades, estados e país para evitar esses tipos de ataque? Será que nosso estilo de vida está afetando na percepção das necessidades dos nossos filhos, amigos e familiares?

Esses são temas delicados, que convergem para duras discussões e que servem de alerta para que as pessoas verifiquem que as luzes estão acesas, as sirenes estão tocando e o alarme de grandes problemas está soando.

E você, o que pensa sobre o assunto? Deixe sua opinião


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