Domingo, 10 de abril de 2022. Esse poderia ser mais um dia de diversão às famílias que são amantes do futebol.
Campeonato Capixaba, jogo entre o Nova Venécia e o Desportiva Ferroviária…mais um dia normal no final de semana dos torcedores capixabas, se , ao ter sido punido pela arbitragem, o até então técnico do Desportiva, Rafael Soriano não tivesse se revoltado e dado uma cabeçada na bandeirinha Marcielly Netto.
O assunto repercutiu como uma bomba em todo território brasileiro, não somente pela agressão em uma partida de futebol, mas também por esse ter sido praticado contra uma profissional do sexo feminino.
O futebol brasileiro, cada vez mais vem fazendo parte do noticiário policial. Esse ano, já tivemos ataque ao ônibus do Bahia, que deixou três atletas feridos, ataques à Van do Naútico - PE e ao ônibus do Grêmio e casos de racismo contra jogadores, como nos ataques feitos ao jogador do Flamengo, Gabigol, na disputa pelo Campeonato Carioca e do lateral-esquerdo do Tricolor Baiano, Luiz Henrique.
Mais uma vez, a violência tomou os holofotes de uma notícia. O que era pra ser um domingo normal, de curtição em família, virou caso de polícia.
Um dos fatos que gerou grande repercussão foi por ter sido uma mulher a agredida. Teria Soriano, dado uma cabeçada, se o profissional fosse um homem?
Por muitos anos, o futebol foi um reino exclusivamente masculino, com seus hormônios e brutalidade. Mas isso vem mudando e as mulheres cada vez mais vem atuando nos campos de futebol, seja participando de campeonatos, quanto arbitrando partidas. Porém, a dita “cultura patriarcal” ainda coloca a figura do homem como superior à mulher, o que faz com que alguns deles se sintam no direito de xingar, ameaçar, levantar a voz ou agredir fisicamente essas mulheres.
É inadmissível pensar que um esporte, que deveria trazer alegria, satisfação, confraternização entre as pessoas, ainda cultive a violência. Continuamos sabendo de brigas entre torcidas organizadas, entre jogadores, tudo por que, a população não sabe perder. As pessoas não conseguem aceitar a perda, não conseguem receber um não e acham que utilizando a brutalidade física ou verbal , tudo pode ser resolvido.
Em que planeta isso acontece?
Porque até onde me entendo por gente, nunca vi isso acontecer. A brutalidade sempre gerou mais violência, mais tristeza, mais sofrimento. Não há ganhadores quando envolvemos violência em qualquer ato realizado.
Mortes, agressões, humilhações, são alguns dos resultados quando as pessoas tentam resolver qualquer questão com brutalidade. Seja por qualquer desculpa, e olha que elas são muitas!
Em tempos em que as pessoas têm mais acesso à educação e notícias, não deveria esse quadro ser diferente?
Porque então, as pessoas ainda insistem em reagir com agressividade?
O que você acha disso? Deixe aqui o seu ponto de vista.
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