Atualmente com o avanço dos estudos relacionados ao Transtorno Espectro Autista, é possível notar o quão a Musicoterapia tem ajudado no tratamento desses indivíduos, pois é a partir da música que é criado um elo de comunicação e interação desses indivíduos com o mundo que os cercam. Mas como este tipo de terapia tem ajudado efetivamente no tratamento do autismo?
Antes de tudo, vale ressaltar as características comumente encontradas nos sujeitos portadores desse transtorno. Segundo a Profª Especialista em Musicoterapia Orliene Zandonade Amtes, os indivíduos com Transtorno Espectro Autista apresentam características típicas como movimentos repetitivos, olhar no infinito, utilização de elementos ou sonoridades em substituição das palavras, atração pela água, preferência nutritiva por alimentos líquidos ou semi-sólidos, reconhecimento de outrem pelo odor, comunicação não convencional, ecolalia ou se preferir a mania de rimar palavras, dentre outros sintomas. Com o avanço do conhecimento deste transtorno e dos tratamentos terapêuticos foi observado, segundo relato da professora, que esses indivíduos em contato com o universo musical sentem-se livres no lúdico, na brincadeira e interagem espontaneamente com as novas sensações, identificando-se com a linguagem musical.
Diante disso, a Musicoterapia, o trabalho musical com o olhar terapêutico, visa a um alcance direto na vida cotidiana do indivíduo. No caso do autismo, a Musicoterapia torna os indivíduos com Espectro Autista mais sociáveis e interativos, mais calmos e tranquilos, alcançando o desenvolvimento de atividades cognitivas, para garantir bem estar e qualidade de vida para os portadores deste transtorno.
A professora ressalta também a importância de um profissional qualificado e competente na área de Musicoterapia, pois é fundamental a realização de uma anamnese meticulosa feita por esse profissional, para que ele possa traçar a linha de tratamento desse indivíduo, aproveitando todas as informações desde a vida intra-uterina até o momento atual, entendendo e buscando seus sons internos, a fim de facilitar o processo terapêutico do paciente.
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