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A força da mulher negra

“Essa é minha fama, nega drama, Quatro décadas são pétalas, Me fez florir, Minha história, eu mesma que escrevi, Glórias, vitórias ainda estão por vir ,Você vai sentir … Eu que defino o meu lugar, Onde vou chegar, eu vou prosperar, Nunca foi sorte, Pra conquistar tive que lutar, E não vou parar” . O trecho citado foi retirado da música “ Comando” composta por Negra Li em parceria com Arthur Marques, Cinthya Ribeiro e Thin de França .

A letra da música, mostra a força e a presença da mulher negra e de toda batalha que vem travando desde os primórdios, para se colocar presente numa sociedade que até hoje é altamente tóxica e preconceituosa.


Na busca de melhorar a qualidade de vida dessas mulheres e tentar acabar com o racismo é que há 30 anos, no dia 25 de julho, se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. A data tem o objetivo de dar visibilidade a essas mulheres, que vêm buscando diariamente reconhecimento e seu espaço natural no mercado de trabalho e por uma presença maior em lugares de decisão.


Segundo a Presidenta do Instituto Afrolatinas e idealizadora e coordenadora geral do Festival Latinidades, Jaqueline Fernandes “o dia 25 de julho é importante como uma data de reivindicações… Ao mesmo tempo será sempre uma data também de celebração dos nossos potenciais, um grande marco do que nós, as mulheres negras, podemos articular e articulamos de contribuição para a sociedade. O nosso projeto [Latinidades] existe para dizer que nós, mulheres negras, somos potentes e que nós temos vários projetos de mundo para sociedade, nós temos várias utopias e as nossas utopias são válidas. Que as nossas utopias serão verdade, e que nós temos muito a honrar, porque as mulheres que vieram antes de nós nos trouxeram até aqui”, (Fonte: Onu Mulheres Brasil)


Socialmente, as mulheres já sofrem com a desvantagem salarial, com o excesso de violência, com o desrespeito e com a desqualificação do seu potencial e quando unimos o fato de ser mulher e negra, tudo piora. Nesse sentido, é necessário promover a erradicação de todas essas injustiças sociais herdadas e lutar contra o preconceito e a discriminação racial, promovendo e protegendo os direitos humanos de todas e todos.


É uma luta constante, contra costumes infiltrados que fazem da cor de uma pele um diferencial pejorativo e desqualificante. Por isso a importância da data, para grifar a importância de olhar para esse tema, de refletir sobre costumes reproduzidos, de reconhecer vitórias e reiterar lutas e reivindicações que podem ser mudanças de hábitos mas também políticas públicas.


No fim das contas não é sobre ser uma minoria, é sobre ser human@ e nunca poderemos evoluir e nos desenvolver como sociedade enquanto tivermos enraizados em nossas vidas mitos e crenças que diminuam pessoas. Conhecimento, vigilância, força, fé, igualdade: que assim seja.


E você, o que pensa sobre isso?


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